Reajuste de servidor terá que ser amplamente debatido, diz Júnior Mâcedo

Júnior Mâcedo
Aurora. "A diminuição dos recursos federais repassados aos municípios brasileiros, através do Fundo de Participação dos Municípios [FPM],  deverá ocasionar transtornos às administrações públicas  no momento em que for necessário realizar o reajuste salarial dos servidores públicos municipais, no próximo ano".

O alerta foi dado pelo prefeito municipal de Aurora, Júnior Mâcedo (PR) na última terça-feira (22), ocasião em que apresentava  o Plano Plurianual (PPA) para o quinquênio 2018/2021 à diversos setores da sociedade local, afirmando já existirem municípios com dificuldades para quitar salários de servidores.

"Há inúmeras situações assim [com salários em atraso]. Em Aurora, por conta de muito esforço e muita economia, nós ainda estamos conseguindo honrar esse compromisso com os servidores. Porém, persistindo essa situação de perda de receita mês a mês, fica muito complicado garantir que haja pagamentos em dia", observa o prefeito.

Conforme afirmou, o município perdeu cerca de R$ 300 mil no mês passado. "É quase uma parcela do FPM. O governo federal retirou dinheiro de todas as prefeituras em julho, alegando ter destinado recurso a mais do Fundeb no ano passado. Realidade é que dá com uma mão e tira com a outra e, desta forma, prejudica os municípios, sobretudo os de pequeno porte, como é o caso de Aurora", disse.

O gestor se mostrou preocupado em relação às negociações que necessitará fazer no próximo ano quando discutirá como o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais o reajuste salarial da categoria.

"O reajuste terá de ser amplamente debatido. Nós temos esse histórico, inclusive. O grande entrave, no entanto, pode estar na diminuição dos repasses do FPM. Se os municípios não conseguirem convencer o governo federal de que essas quedas estão falindo as nossas cidades, não haverá condição alguma de atingirmos nem mesmo os índices da inflação. Vai ser necessário muito diálogo entre o Município e o Sindicato, penso eu", informou Júnior Mâcedo.

Ele ressaltou que a Confederação Nacional dos Municípios (CMN) tem defendido a ampliação dos repasses em pelo menos mais 1%. "Essa luta não é de agora. Gestores passados estiveram mobilizados na defesa dessa ampliação. O problema é a falta de atendimento à demanda dos municípios", concluiu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Parque Franskim Pedro é inaugurado com maior complexo de vaquejada do Ceará

Governo inaugura Praça Antônio Conserva Feitosa, na Lagoa Seca

Projeto Qualifica APSUS é lançado em Juazeiro do Norte