Saúde melhora atendimento a crianças com alergia ao leite de vaca

Para facilitar o acesso e qualificar o atendimento, a Secretaria da Saúde do Estado fez mudanças no Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca. Agora, as consultas com pediatras e nutricionistas são no Centro de Saúde do Meireles, unidade da rede pública do Governo do Estado, que fica na Avenida Antônio Justa, 3113. Os pais ou responsáveis por bebês de zero a três anos de idade com suspeita ou diagnóstico de alergia alimentar à proteína do leite de vaca e de soja devem ir até uma Unidade Básica de Saúde para fazer a marcação da consulta no Centro de Saúde Meireles, que atende com uma equipe de sete médicas gastropediatras e alergologistas e quatro nutricionistas, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas. Além das consultas com os especialistas num só lugar e com maior número de profissionais, a Secretaria da Saúde do Estado mudou o local de entrega das fórmulas nutricionais infantis. Começou nesta segunda-feira, 11 de abril, a entrega das fórmulas infantis na sede da Sesa, na Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema.

No Centro de Saúde do Meireles, depois da consulta médica, o bebê é encaminhado para a nutricionista que indica o cardápio e prescreve a receita do lactente. Logo em seguida, no cadastramento, é feita a marcação da data para o recebimento de uma das fórmulas infantis fornecidas pela Secretaria da Saúde do Estado: Neocate LCP, Neocate Advance, Pregomin e Aptamil Pepti. O Hospital Infantil Albert Sabin, da rede pública do Governo do Estado, continua fazendo atendimento dos casos de alergia alimentar de maior complexidade.

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é o tipo de alergia alimentar mais comum nas crianças até vinte e quatro meses e é caracterizada pela reação do sistema imunológico às proteínas do leite, principalmente à caseína (proteína do coalho) e às proteínas do soro (alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina). O leite materno é apropriado para a maioria das crianças com alergia ao leite de vaca e deve ser sempre estimulado como primeira opção. O desenvolvimento da alergia alimentar depende de diversos fatores, incluindo a hereditariedade, a exposição às proteínas alergênicas da dieta, a quantidade ingerida, a frequência, a idade da criança exposta e, ainda, o desenvolvimento da tolerância. A amamentação é bastante eficiente na prevenção à alergia ao leite de vaca e também para o desenvolvimento da tolerância oral aos alimentos.

Não há pesquisas ou inquéritos nacionais, nem registros nos sistemas de informação do Ministério da Saúde sobre o número de crianças com alergia à proteína do leite de vaca e sua prevalência no país. Em agosto de 2012, o Ministério da Saúde encaminhou questionário para 178 municípios de médio e grande porte, dos quais 34 responderam, afirmando possuir serviços ou programas de atenção nutricional estruturados para acompanhamento de crianças com APLV. Foi identificada média de acompanhamento de 0,4% de crianças com APLV nesses serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em setembro de 2014, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC), do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde deliberou pela incorporação das fórmulas nutricionais para necessidades dietoterápicas específicas indicadas para crianças com alergia à proteína do leite de vaca.

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