Aurora acumula perda milionária com queda nos repasses do FPM

Aurora. O setor de finanças deste município está sob estado de alerta por conta da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Levantamento realizado no início da semana pela contabilidade da prefeitura de Aurora aponta para um prejuízo superior a R$ 2 milhões. A diminuição dos recursos vem sendo registrada desde o início de 2017 e  já ocasiona impacto negativo junto a projetos de infraestrutura, saúde, bem estar social, dentre outras áreas.

Conforme o Procurador Geral do município, Sebastião Rangel, a gestão teme que a queda nas receitas possa ocasionar, já nos próximos meses, atraso no pagamento dos servidores públicos municipais. Além dos possíveis atrasos no calendário de pagamento dos servidores, outra situação que pode gerar dissabores à administração local é o fato de que demissões aconteçam com a finalidade de cortar despesas.

Embora a discussão ainda seja tratada pelo gabinete do prefeito do município, Júnior Mâcedo (PR), como última alternativa para diminuir o impacto ocasionado pela perda de receitas, há quem defenda as diminuições como ação emergencial.

"O problema é que não há de onde tirarmos dinheiro para quitarmos os compromissos. Se não houver aumento nos repasses advindos do Fundo de Participação [dos Municípios], dificilmente as finanças sairão do vermelho", revela o Procurador.

Segundo apurado pela reportagem, caso as demissões aconteçam, cerca de 250 contratos poderão ser desfeitos pela gestão municipal. "Ele [o prefeito] não quer demitir. O município é pobre. Não há emprego. Infelizmente, não existindo melhoria nos repasses, fica completamente inviável manter esses contratos. A solução seria demitir contratados. E isso não resolverá o problema. Será, apenas, uma maneira de diminuir o impacto ocasionado pela diminuição dos repasses do FPM", ressaltou Sebastião Rangel.

Ouvido pelo Por Dentro do Assunto, o prefeito de Aurora, Júnior Mâcedo, avalia o momento como de extrema preocupação. "Extremamente preocupante. São percas acima de qualquer previsão ou planejamento. O orçamento de 2016 já foi deficitário. Imagine o deste ano com o volume de recursos perdidos por conta destas reduções. É muito complicado administrar desta forma", avaliou o gestor.

Indagado sobre a possibilidade das demissões, Júnior Mâcedo disse que a gestão está buscando alternativas para solucionar o problema sem, no entanto, descartar tal possibilidade. "Estamos trabalhando para que todos  os gastos sejam reduzidos ao máximo. Espero que tal medida não seja necessária. O objetivo é garantir emprego para nosso povo já tão sofrido. Não gostaria de ter que assinar tais demissões", concluiu.

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